Agora paro e pergunto: Por quê?

Por que, quase sem discordar, aprendemos a aceitar? Por que de repente todos resolvem que precisam crescer ao menos um pouco? E então a ciência e a tecnologia são tudo no mundo. O que valem os sentimentos afinal?

De repente o que não era tão legal virou interessante. E o resto da vida é detalhe, é só o resto. O que era comum ficou estranho. E o esquisito é normal. Como é confuso crescer e ainda mais complexo amadurecer.


Não há mais tempo.


Afinal, o que é crescer? É fingir ser simpático? É sorrir querendo chorar? É ser indiferente querendo gritar (de alegria ou tristeza)? É impor limite aos próprios sonhos?

Por que tentamos resolver problemas que não existem? O problema não é a forma ou a fórmula do sistema, é apenas o sistema. O problema é sermos humanos, é pensar que pensamos.


Não questione.


Não há problema na ciência, nos códigos ou nas linguagens. Ou talvez haja, mas não é este o problema em questão.


Estude, cresça, seja independente. Tenha dinheiro. Tenha poder.


Por quê? Os dados não permitem sonhar. Os gráficos indicam a maldade do mundo (de leste a oeste), a crueldade dos números e das opiniões. Contra provas não há como lutar. Contra o conhecimento abandonado não há armas que se possa usar.


Apenas sorria.



Não é permitido crescer e viver.

Jogando num mundo de verdades controversas. Ou apenas sobrevivendo. De imperfeições evidentes e maldades mal mascaradas. Somos obrigados a sorrir sem felicidade. Fingir que tudo que nos gritam é a única verdade, e fingir que não gritam.


Não há tempo. Aceite.


Não encontro o caminho de volta neste labirinto de ilusões paradoxais. Neste labirinto de escolhas pré-decididas.

Por quê?


As respostas podem ser simples, mas ninguém quer saber.



Dedico à Érica, que leu primeiro e a todos que estão passando, passaram ou passarão por essa época de vestibulares. x.x




Censura:
14

Década: 60






Um bilhete:

“Fui viver a vida.
Não sei se volto.”



Levou consigo apenas uma mochila. Nela colocou todos os sonhos e esperanças do mundo.

Hesitou por um instante diante da coleção de discos e do rádio na sala de estar. Mas não havia o que temer, a música estaria por todos os lugares por onde passasse. O resto não importava.

As últimas estrelas brilhavam no céu quando abandonou o conforto do lar. Com os pés na estrada e a mochila nas costas sorriu para o mundo. Pois agora o mundo era seu, estava pronto para voar.

Sentindo o doce sabor da liberdade seguiu para longe, para qualquer lugar. Qualquer caminho servia. Qualquer lugar em que a paz e a música habitassem poderia ser seu destino.

Liberdade. Não solidão. Pois em sua estrada encontrou amigos e amores, e abrigos que duravam somente uma noite. E foram muitos os amores, cada um com seus sabores. E foram muitas as músicas tocadas sob a luz do luar.

E foi numa bela noite estrelada que lhe ofereceram mais um novo e doce sabor. Pela segunda vez hesitou, lembrou de verões passados, quando prometera à sua mãe nunca tomar daquela droga. Pensou. Mas em toda sua vida sonhara com a liberdade, com suas próprias escolhas. Assim tomou em suas mãos o cigarro que não era de tabaco. E riu. Riu da fumaça, riu da vida.

E assim o pássaro preto voava. Sem importar-se com tudo que ficava para trás, com as esquinas dobradas. Pois tudo que vivera antes fora o sonho com aquela liberdade.

E os meses e estações passavam em seu voo. Talvez fosse preciso pousar. Talvez nem a liberdade seja eterna. Mas antes seria preciso sobrevoar a mais bela praia, viajar pelo mais doce sabor. Este sabor que tinha gosto de música, de paz e amor. E ao tempero da droga também tinha cor.

Não foi em qualquer lugar que ele a encontrou, não foi em qualquer esquina. Tratava-se da maior festa da música, do rock. Tratava-se de Woodstock. E era a festa da paz e da liberdade. E ele esteve entre aqueles que derrubaram os portões e as barreiras. Que fizeram daquela a maior festa da paz.

E por acaso ou destino, encontrou-a no mar. Mar que era de pessoas, mar que era da paz. E de todos seus amores ela era especial. Dentre todos os sabores provados ela era o mais doce. Dentre todas as drogas ela o fez ver todas as cores do futuro.

O som da boa música sempre ecoaria em sua mente, assim como as próprias cores tão vivas que via. E seria ali a última praia que o pássaro preto sobrevoaria. Não seria ainda o último cigarro, mas seria a última dose de LSD, a última dose de tantas cores.

E o pássaro preto ainda viveria para amar. E ainda seria quem ele sempre sonhara em ser. E o pássaro preto era também de todas as cores.

Fim



Olhe!

Observe, lá vem a pequena sonhadora com um sorriso nos lábios e olhar distraído!

Sim, pequena, pois é apenas mais uma a caminhar sobre estas calçadas históricas do centro da cidade. Seus sonhos, no entanto, abraçam o mundo e ousam ir além.

Não está atenta aos criminosos ou aos crimes, também ignora possíveis acidentes. Pensa ser imune a qualquer ataque, a qualquer doença. “Quem afinal roubaria uma louca?” ela mesma pensa. Uma garota qualquer, que usa aquele velho par de tênis surrados, que carrega nos braços um exemplar de Alice no país das maravilhas.

Mas repara bem: é uma garota coberta de estrelas. Cada uma das estrelas é um sonho, cada uma é um mundo para visitar.

E agradeça por não ler seus pensamentos. Há naquela mente sonhos demais para alguém que não pertence à infância. Há sonhos estranhos para quem não pensa como criança. Há sonhos ambiciosos para quem não ousa acreditar no impossível.

Pequena sonhadora. Ela não admira beleza, não admira olhos e lábios. Admira a essência, os olhares e os sorrisos ou a ausência deles. Em sua forma humana ela é apenas um punhado de estrelas e palavras a andar por esta selva de pedra.

A sonhadora sorri. Seus olhos distraídos localizaram a essência de outra criança, a inocência repleta de sonhos. Pois para acreditar em seus sonhos é preciso guardar em si imortais pedaços de infância.

Ela é uma pequena sonhadora. Seus olhos desatentos dizem que não é ninguém em especial. Mas veja as estrelas sobre ela. Veja o mundo sob seus sonhos.

Shipper: Helena Havenclaw/ Barão Sangrento

Narrada Por: Barão Sangrento

Disclaimer Nenhum dos personagens citados na poesia me pertence. Eles são propriedade da diva J.K. Rowling.




Helena de Hogwarts

Antes de pisar nesta terra
Famoso já era teu nome, pequena
Por uma outra Helena
Causadora de guerra.

Talvez seja uma maldição
De teu nome infeliz e belo
Perseguido por destruição.

Por ti, aquela que te deu a vida
Adoeceu em preocupação.
E eu, eternamente uma alma perdida
Perdi naquela floresta meu coração.

Por temer a justiça divina
Hoje tu não vives mais
E também não morre jamais
E sem notar eu sigo tua sina.

Estou assim condenado
A uma eternidade de solidão
Para estar sempre ao teu lado.

Mas uma bela Helena
Sem poesia ou canção
Não seria plena.

Censura: 18 (fala de sexo e violência)

Gênero: Drama

Dedicatória: Para a Veh, que leu primeiro e ajudou a arrumar uns erros básicos. Obrigada! *-*




Eu sou apenas mais uma pessoa que poderia ter sido tudo na vida, alguém que poderia ter sido qualquer coisa. E obviamente, fiz minhas escolhas. Se foram boas ou ruins, não posso julgar. Apenas acho que chegou a hora de contar minha história, falar das escolhas que fiz, ou das que deixei de fazer.

Aqui sob o céu azul de Paris, diante da bela paisagem desta cidade que se tornou meu lar, escreverei algumas palavras do dia que teria marcado a vida de muitas mulheres. O dia que teria feito muitas abandonarem a vida ou tornarem-se pessoas drogadas e repletas de falsos vícios. Para mim: o dia que me fez descobrir quem realmente sou.

Não sei ainda se as palavras soarão agradáveis ou se... bem, não importa. Esse é apenas um pedaço do meu ser: para sempre separado por um véu invisível do resto da sociedade, da realidade e das atitudes comuns.

Nasci numa cidade quase sempre nublada – num país de terceiro mundo – que tenta falsamente imitar o clima europeu. Jamais tive a beleza como principal qualidade, por certos momentos, talvez eu nem a tivesse. Não era tão vaidosa, mas sempre fui inteligente. Sempre.

Lembro-me perfeitamente – embora tenha tentado esquecer – de quando comecei a escutar seus passos. Recordo-me das luzes que não vi naquela noite, do medo confuso que senti. E da forma como ri internamente da minha suposta mente fértil. Mas não era um engano, ele estava atrás de mim. Eu era sua vítima naquela noite.

E você deve estar se perguntando: Quem é ele? Ou talvez: O que é você? Mas eu disse que sou apenas uma pessoa, não deixe sua imaginação ir tão longe. Não desta vez.

Apressei o passo, apertei com força as alças da mochila cor de rosa, suja e surrada. E me amaldiçoei mentalmente por ter saído tão tarde da faculdade. Procurei pela presença de outro ser vivo pela rua. Não havia qualquer pessoa por ali. Havia ele, mas não é deste tipo de pessoa que falo.

Seus passos cada vez mais próximos. O medo e a apreensão. E então ele estava próximo demais e começou por imobilizar meus braços. Como se eu fosse capaz de lutar e fugir. Não vou negar, eu bem que tentei. Chutei o ar e me sacudi inutilmente tentando escapar da força de seus braços.

Eu era uma garota de dezoito anos, me preocupava com livros, jogos virtuais e a faculdade de química. Jamais saberia me defender de qualquer forma que não envolvesse uma varinha mágica, sabres de luz ou telepatia – a magia tola que eu acreditava como uma criança. Tentei gritar também, mas de repente minha voz não existia.

Confesso que jamais consegui gritar em situações de pavor, ou em qualquer emoção forte demais. Por vezes pensei que isto estivesse relacionado com algum instinto de defesa ancestral em que o silêncio era necessário. Mas nada disso importa, talvez nem faça sentido agora.

Quem era ele? Chame-o como quiser. Covarde, criminoso, ladrão, assassino. Tantas outras palavras podem descrever sua maldade sem sentido. Mas não o chamem de psicopata, não acredito que se tratasse de um. Neste último caso eu não estaria aqui para lhe contar minha história.

Psicopata talvez seja uma palavra que descreva a mim. Não aquela criatura.

Era um homem que beirava os quarenta anos, deduzi. Fedia a cigarros baratos e sorria como um idiota. Não notei isso no começo, nunca fui tão observadora, mas percebi nos minutos indefinidos que se passaram depois.

Aquela era uma rua deserta, poucas casas, nenhuma iluminação. Havia terrenos baldios cobertos pela grama alta e algumas raras árvores frutíferas. Era um lugar perfeito para cometer um crime na calada da noite. Enquanto durante o dia era o lugar perfeito para as crianças brincarem na inocência de sua infância.

Alguns pensariam na perda da dignidade, eu pensei na possibilidade de morte. Uma morte vergonhosa digna daqueles jornais que não faziam parte de minha leitura. Eu não queria morrer, eu não desistiria da vida.

Mas eu desisti de lutar contra ele, me ocorreu que talvez depois de tudo ele fosse embora. A escuridão não me permitiu definir como era seu rosto, e agradeço por isto. Ali sobre a grama maltratada, de um lugar esquecido em meio à selva de pedra, vi aquele homem sem nome arrancar minha pesada mochila e depois fazer o mesmo com minhas roupas que ignoravam a moda.

Meu corpo foi jogado com força no chão irregular e senti a dor da queda e dos arranhões. Mas de que importavam pequenos arranhões diante do que eu sabia que viria? A força de seus braços trouxeram manchas escuras que demorariam a sumir de minha pele. E por mais que tenha me ameaçada com uma faca, por algum estranho motivo, nenhum sangue ela derramou naquela noite.

Eu jamais estivera nua diante de alguém. Eu não escolhera estar ali.

E como se eu fosse uma boneca inflável ele brincou comigo. Com suas mãos impuras tocou todo o meu corpo sem o meu consentimento. Sobre mim aquele desconhecido derramou-se em prazer diversas vezes. E eu sentia nas lágrimas não derramadas a vergonha de não fazer nada. Não gritei, mesmo quando teria forças para isto. Apenas desejei continuar viva, apesar de tudo.

E lembro-me de ter pensado no que fazer, como deveria reagir. Talvez ele desejasse ver o meu desespero, talvez quisesse me ouvir gritar e isso lhe desse o prazer. Talvez eu devesse ficar quieta. Até mesmo desejei ler pensamentos.

O fato é que permaneci quase imóvel enquanto ele se divertia. Aguentei as dores físicas e psicológicas em silêncio. Minha confusa personalidade me mandava ser assim. Aquele fino véu que sempre me separou da realidade fazia de meus pensamentos e minhas atitudes absurdas demais para que fizessem sentido.

Então ele se retirou de mim, arrumou a calça imunda e imagino que estivesse sorrindo pelo tom de voz que usou:

- Boa garota!

E com a faca em mãos saiu andando. Não o observei, apenas fitei o céu sem estrelas e sem luar daquela estranha noite. Desejei ter qualquer objeto que pudesse feri-lo seriamente em minha mochila. Eu devia ter corrido, devia tê-lo torturado e matado lentamente com minhas próprias mãos. Eu não queria ser uma boa garota.

Não havia mais a preocupação com a morte. E talvez neste momento eu até tenha desejado morrer. Fiquei ali tentando assimilar a realidade. Mas eu odeio a maldita realidade.

Depois de algum tempo indefinido levantei e tremula me vesti com as roupas sujas e até mesmo rasgadas, manchadas de sangue. Sangue que representava aquilo que eu jamais teria novamente.

Eu não estava tão longe de casa. E por instinto continuei meu caminho, sem saber que força me guiava. Abri a porta e fiquei contente quando não encontrei ninguém por lá. Não queria que meus pais me vissem daquela forma.

Tomei o banho mais longo de minha vida. Como se fosse possível lavar minha alma e minha memória. E como eu gostaria que fosse. As roupas e até mesmo os tênis que usei eu queimei desejando queimar a alma daquela criatura.

O que eu fiz então? Poderia ter cortado meus pulsos, ou seguido uma carreira religiosa para viver de boas lições sobre paz e moral. Poderia jamais ter retornado para casa e cobrar para fazer aquilo que me roubaram. Tantos caminhos distintos que outras em minha situação seguiram e ainda seguem.

Eu acredito apenas que segui mais mulher e mais adulta do que antes. E com uma decisão: jamais deixaria que novamente alguém tomasse uma decisão por mim. Finalmente aceitei o véu que sempre me envolveu, deixei que tomasse conta de mim.

Não contei sobre aquela noite para ninguém, jamais falei sobre ela em voz alta. Como se fosse apenas um borrão sem importância em minha vida. E afinal, foram apenas minutos em que eu desconhecia o futuro.

Hoje os que convivem comigo admiram ou odeiam minha personalidade peculiar. Ninguém jamais me vê chorar ou me emocionar fortemente. Leves sorrisos e discretos olhares bastam. No entanto, trabalho falando de sentimentos, de amores impossíveis e quase contos-de-fadas.

Descrevo em personagens sentimentos que nunca habitaram meu ser: intensos, extremos e até indiscretos. Enquanto fui alguém que sempre amou e odiou silenciosamente. E mesmo estes sentimentos abafados morreram naquela noite sem luar, sem estrelas.

Talvez eu seja assim: uma noite sem luar. Uma pessoa que não sente. Mesmo diante desta bela paisagem que alguns dizem ser romântica eu a admiro apenas com a mente. Nunca com o coração.

Uso a máscara de minha própria personalidade para esconder o ser insensível que habita em mim. E me pergunto se apenas eu posso ver o véu que me separa do mundo e dos sentimentos cruéis. Pois não são os monstros e toda a maldade, mas sim os sentimentos que nos matam. E matam intensamente.

Tema: Água

Gênero:
Conto (¿)





 Bela e poderosa soberana. Devastadora e salvadora. Tantos adjetivos para descrevê-la. Dona de tantas formas e tantos nomes. Às vezes pode também ter gostos e cores, nem sempre agradáveis. Tu és deusa e rainha deste planeta que os homens tolamente pensam comandar.

Seu nome?

As lágrimas derramadas pelo céu ganham o nome de chuva ou tempestade, que alimenta a terra e assusta pescadores. O calor a transforma no vapor das nuvens e das brumas, que pode vir de lagos, rios e oceanos, sendo o ciclo infinito que sustenta a vida. O frio faz de ti gelo e neve, mais uma vez bela e mortal. Quem a chama apenas de água não conhece teu verdadeiro poder.

Mas nunca fora tão bela e devastadora como naqueles anos da juventude do mundo. Uma época em que só os céus podem se recordar atualmente, pois a terra não é a mesma de outrora, embora as rochas sejam as mesmas. Além de tu, que é oceano e tempestade, somente o céu presenciou o medo e o pavor estampado em cada face daquele povo.

Eles sempre te viram como mãe, como fonte do alimento e da vida. No entanto, as lendas falam da tua traição para com seu povo. As lendas contam sobre o mar que destruiu a mais inteligente civilização de todos os tempos. Há muitas lendas sobre o mar, mas nenhuma delas sobreviveu por tantos séculos como Atlântida.

Por muito tempo alimentou e cuidou do teu povo, e nenhum outro foi tão grato como aquele. E por muitas auroras as sereias fizeram coro à tua música nas praias do litoral. Como era encantadora a juventude do mundo! Até hoje o céu lamenta a ausência dos sábios dragões entre suas nuvens.

Mas então vieram aquelas que os homens chamam de primeiras civilizações. Um erro. Primeira foi apenas uma, a única e grandiosa Atlântida. E aquelas que surgiram mais tarde julgaram erroneamente tuas forças e até pensaram que poderiam controlar-te. Somente os atlantes souberam pedir para navegar sobre teus mares e matar a sede em teus rios.

Foi absurdo.

Foi egoísta.

Foi magnifico.

Mas tomaste tua decisão.

Transformaste em lenda para toda a humanidade de todas as eras a história de teu povo. Tu fora o palco e a protagonista do teu próprio teatro. O céu e a terra foram somente figurantes.

Veio dos céus, veio do mar e dos lagos. Estava também no ar e nas cavernas subterrâneas. E era apenas uma.

A terra tremeu e o céu gritou com seus trovões. Era a noite mais assustadora que qualquer ser vivo poderia presenciar. Era a noite que as profecias mais antigas já previam e que a lendas de muitas eras ainda irão comentar.

Tua fúria foi tão grande que desfigurou a terra e deslocou rochas, que juntou lagos e mares e elevou montanhas. Em meio as tuas ondas desapareceu aquela que outrora foi rica e mágica. Para tuas profundezas levou a Atlântida com seu povo, com seus dragões, com sua magia.

E teu maior segredo é ter poupado a vida daqueles que sempre te amaram e que sempre foram teus filhos. Pois nem o céu tem certeza de que tu que ainda guarda em teus mares o teu povo. Em tuas profundezas o povo atlante habita submerso. E as sereias por vezes cantam na superfície relembrando a juventude do mundo.

Esconde tão bem teu tesouro que outros humanos com suas maquinas infantis, jamais o encontrarão. E lá viverá Atlântida até o fim dos tempos, com seu povo, suas sereias e seus dragões.

Até que o fogo vindo do céu devore sem piedade as outras civilizações.



N/A: Esse é o primeiro conto original que posto (embora não seja o primeiro que escrevo). Por estar relacionado ao nome do blog resolvi que deveria ser o primeiro post aqui. Aceito comentários e críticas! =)